Agora virou moda contra PM - Nem se pergunta - já se afirma "Tem que
atirar a primeira pedra primeiro." A violência que experimentamos, que
sofremos antes da nossa atuação, não é atenuante. E nunca será
atenuante. Nunca será vista. Temos que ter sangue frio. Temos que ser
ofendido por impropérios e, ainda, ler os direitos do preso antes
algemá-lo. Se é que ele vai atender a essa ordem.
O que chamamos de
"violência simbólica", aquela que fere mais do que um tapa na cara. Na
prática, essa é banalizada, é algo banal, ou seja, é comum e temos que
partilhar dela. Sem exitar.
Essa violência cometem contra nós todos os
dias. Não tenho dúvida alguma que diante deste fato (rixa em Montes Claros/MG, hoje), filmado, também
houve. Esta violência está entre nós entrelaçada de um modo perigoso com
a violência física.
Só que a primeira ninguém filma e, sequer, tem peso em relação àquela que foi filmada e farão prova dela.
Precisamos mudar
isto! O policial é profissional, mas é ser humano. Não palhaço de
ninguém, que diante de público, depois de provocações direcionadas a uma
autoridade, passam a espetacularizar o seu sofrimento.
Assim, as
violências simbólicas ou físicas são iguais. Falar é também fazer. Daí
não há como não ter uma psicofadiga. Não há como não ter emoções.
Valha-nos Deus!! E que esses de caráter duvidosos aprendam que se não
querem revide não provoquem o "ethos" do guerreiro.
Alberto Luiz, Tenente Coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, Assessor de comunicação da PMMG.
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